Aspecto Ecológico faz cobertura exclusiva de Simpósio Internacional “Mudanças Climáticas e Justiça Social”


Durante os três dias do “Simpósio Internacional Mudanças Climáticas e Justiça Social”, que começa amanhã, 8, e prossegue até o próximo dia 10, no Centro Cultural de Brasília [CCB – L2 Norte, Quadra 601, Brasília – DF], o blog Aspecto Ecológico fará cobertura exclusiva do evento. O Simpósio é organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Misereor, entidade católica alemã e diversas parceiras, a fim de discutir os impactos das mudanças climáticas sobre as populações mais vulneráveis.

A expectativa dos organizadores é reunir nos três dias de encontro, 200 pessoas, entre cientistas, representantes de movimentos e pastorais sociais, e vítimas de fenômenos provocados pelas mudanças climáticas.

A organização do Simpósio explica ainda que o objetivo do encontro é expor a gravidade das mudanças climáticas para a humanidade; entre eles, o relatório divulgado na última sexta-feira, 29, pelo Fórum Humanitário Global (FHG), entidade cuja sede fica em Genebra, Suíça, que revelou que cerca de 315 mil pessoas são mortas a cada ano vítimas da fome, doenças e desastres naturais.

“A partir dos debates, espera-se que a sociedade tome uma posição mais consistente em relação à questão, adotando medidas para impedir o avanço das mudanças climáticas e suas graves consequências. O Simpósio pretende também formular cobranças para o Estado”, acrescenta a organização.

Durante o acontecimento alguns representantes de grupos vulneráveis [povos indígenas, ribeirinhos e populações empobrecidas] falarão de suas reações e adaptações aos efeitos das mudanças climáticas.

A assessora da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e Paz, da CNBB, irmã Delci Franzen, diz que o interesse pelo evento está crescendo. “Percebemos nas pastorais da Igreja, nos movimentos populares, rurais e urbanos, nas universidades, que a atenção está cada vez maior à procura do Simpósio. Acredito que vai superar as expectativas, pois está sendo bastante divulgado”.

Irmã Delci ressalta que a iniciativa da CNBB é de extremo interesse por tratar-se de um tema urgente. “A temática é urgente e importante, pautada na sociedade, na Igreja; com certeza se espera que os participantes saiam mais fortalecidos e informados para enfrentar as políticas do governo a respeito dessa preocupação”.

Outro ponto que chama a atenção da sociedade para o Simpósio, diz irmã Delci, é a “participação de cientistas estrangeiros que vai proporcionar a ampliação do debate”.

Debatedores
Dentre os debatedores estão o pesquisador do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP, Tércio Ambrizzi; os membros da coordenação de Pesquisas em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpe) e integrantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Philip Fearnside e Carlos Nobre; o teólogo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC – RS), Luiz Carlos Susin; representantes de indígenas, pescadores, quilombolas, atingidos por barragens, populações afetadas pelas enchentes no Norte e Nordeste e pela seca na região sul. Os palestrantes alemães são Anika Schroeder e Katrin Vohland.

Coletiva de Imprensa
Na manhã do dia 8, abertura do Simpósio, haverá uma coletiva de imprensa às 10h30 da manhã, logo após a primeira mesa de debates, no local do evento.

Entidades Parceiras

Cáritas Brasileira, Comissão da Amazônia da CNBB, Comissão Água e Meio Ambiente [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Universidade Católica de Brasília, Conferência dos Religiosos do Brasil, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento], Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), FASE CAIS, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina.

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