No ar, meu projeto de conclusão de curso: blog Expressão Tocantina

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Como prometido, venho a esta página divulgar o blog Expressão Tocantina: meu projeto de conclusão de curso em Jornalismo, pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Trata-se de uma página, que deve expressar por meio de notícias, vídeos, podcasts [áudio], a região conhecida por TOCANTINA, municípios que compreendem as margens do RIO TOCANTINS, e abrange municípios do estado do MARANHÃO (Imperatriz, João Lisboa, Açailândia e Estreito); PARÁ (Marabá) e TOCANTINS (Araguatins, Tocantinópolis, Araguaína).

O objetivo é começar a carreira em jornalismo através dessa página, que terá sede em Imperatriz, dando, portanto, exclusividade no tratamento de notícias desse município. O blog visa se auto-sustentar por meio de publicidade (banners) e patrocípios de empresas da região

Projeto Experimental em Comunicação II - aluno: Fúlvio Costa França
Professora/Orientadora: Cynthia Rosa
Já iniciamos as atualizações desta página. Confira:


http://www.expressaotocantina.com.br

Fúlvio Costa, formando em jornalismo

Aspecto Ecológico vai sair do ar para dar lugar a um projeto mais amplo

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Quero agradecer a todos os leitores que visitaram esta página ao longo desses seis meses no ar. Aspecto Ecológico foi um experimento, uma forma que encontrei para conhecer as ferramentas oferecidas pela blogger, empresa que hospeda esta página para dar continuidade a um projeto mais amplo, que eu pretendo levar a frente. Trata-se de outra página, desta vez é um blog de notícias para a região tocantina.

A página, que é meu projeto de conclusão de graduação em jornalismo, pela Universidade Católica de Brasília (UCB) ainda está em construção e deve entrar no ar nos próximos meses. A nova página é um empreendimento, um desejo e um sonho que eu acredito. Quero através desse blog dar início à minha carreira de jornalista e mostrar meu trabalho. Pretendo ir fundo nesse projeto e trabalhar nele de forma integral.

Quando a nova página estiver pronta, venho aqui divulgar o novo endereço, para que todos possam acessar e conhecer esse novo trabalho que pretendo desenvolver por meio do jornalismo público e investigativo.

Aspecto Ecológico foi um trabalho que me apaixonei por tratar aqui de temas relevantes para a sociedade. Nosso bem maior que é a vida. Aqui tive momentos felizes, com comentários que enalteceram meu trabalho e também tive muitos acessos de várias regiões do Brasil e do mundo. Muito obrigado a todos. Meu novo projeto é para valer, e espero que todos gostem. Até lá.

Fúlvio Costa, formando em jornalismo pela Universidade Católica de Brasília (UCB)

Marina Silva para Caros Amigos: “[...] O melhor para a agricultura é transitar de um modelo insustentável para o modelo sustentável [...]

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A entrevista de capa da Revista Caros Amigos trouxe no mês de julho a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que falou um pouco de sua infância, adolescência, sonhos, conquistas e derrotas. Em cinco longas páginas da revista mensal, a senadora falou, de modo especial, do agronegócio que, segundo ela, “quer acabar com a Amazônia”.

Marina destacou na entrevista passar por um dos piores momentos de sua vida, período que o país passa por um “desmonte da legislação ambiental encabeçada pelos ruralistas”. Sobre a MP 458, que teve apenas uma parte do artigo 7º vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que trata da transferência de terras da União para empresas, para a ex-ministra é fruto de uma visão atrasada e equivocada.

“É um conjunto de mudanças que represent um retrocesso. Está se armando uma bomba de efeito retardado que não poderá ser condita na hora que o país voltar a crescer. Está se transferindo 60 milhões de hectares de unidades de conservação. Se isso prosperar, será avassalador para os próximos anos da política ambiental do país”, alertou.

Marina Silva disse ainda que o setor que luta por medidas na lei ambiental trata-se do agronegócio. Sobre esse setor, novamente ela chama de “atrasado” que deveria pensar em desenvolvimento sustentável para o próprio bem. Existe uma parte do setor do agronegócio “que não consegue perceber que o melhor para a agricultura é transitar do modelo insustentável para o modelo sustentável, o que pressupõe o respeito à reserva legal, à área de preservação permanente, o uso de forma intensiva das áreas que foram abertas, uso de novas tecnologias. Existe um custo, mas ele está sendo depositado na conta da natureza. Daqui um tempo, ele será devolvido com menos chuva, menos possibilidade de polinização, e uma série de prejuízos. E, daqui a pouco, talvez seja tarde demais”.

De forma categórica, a ex-seringueira deixou claro que a MP 458 “favorece a grilagem”. De acordo com ela, a medida não assegura a questão da vistoria acima de 100 hectares, até os 4 módulos fiscais. Porque existem também os laranjas para os 400 hectares”.

Com a pergunta do jornalista Marcos Zibordi: “Em que mundo que seus netos vão viver?”, Marina Silva concluiu: “Eu quero muito que o mundo seja melhor do que ele é hoje, que a Amazônia continue a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, que não haja um derretimento do gelo no ártico tão violento. Mas meu compromisso não é apenas com o meu neto, tem que ser com todos aqueles que ainda não nasceram, os filhos dos filhos dos filhos, Se ficarmos pensando apenas no nosso filho e no nosso neto, isso foi o que nossos pais pensaram e deu no que deu. Temos que pensar além deles e a contribuição tem que ser dada agora, por cada um de nós, porque estamos diante de uma esquina civilizatória, que é também uma esquina ética”.

Texto: Fúlvio Costa

IBGE alerta: “a biodiversidade aquática está em risco”

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Na última semana, o IBGE divulgou um mapa das espécies aquáticas brasileiras ameaçadas de extinção. São pelo menos 238 espécies que podem desaparecer.
Sobrepesca [pesca acima da capacidade de produção]; ocupação da faixa litorânea e a conseqüente poluição das águas. Estes são alguns dos fatores divulgados na semana passada pelo IBGE que ameaçam 238 espécies de invertebrados aquáticos e peixes no Brasil. De acordo com a pesquisa, o estado de São Paulo lidera o ranking com 86 espécies nesta situação. O Rio vem logo em seguida, com 76 espécies ameaçadas.

O mapa do IBGE baseia-se principalmente em estudos feitos até 2004 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), concluído com informações levantadas em diferentes instituições de pesquisa e na literatura especializada.

O caranguejo-uçá é um exemplo de espécie que entrou em colapso em vários estados do país. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), embora essa espécie de caranguejo seja um dos principais produtos das pescarias no Maranhão e Piauí, há sinais de que a sobrepesca pode levar rapidamente ao fim da atividade extrativista desse crustáceo na região.

A pesquisadora e biólogo do IBGE, Lícia Leone Couto, diz que o mapa pode colaborar na preservação da biodiversidade. O estudo revela, por exemplo, que a coincidência das áreas de ocupação acelerada, nas faixas litorâneas, com a drástica redução da fauna aquática nesses locais.

Ainda segundo Lícia Couto, a visualização do local onde os problemas estão ocorrendo pode ajudar a planejar iniciativas para superá-los. A pesca esportiva e o comércio de peixes ornamentais são outros fatores importantes de destruição da biodiversidade.

Fonte: IBGE

“Voltei a sentir medo no Acre”, diz sucessor de Chico Mendes

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O seringueiro Osmarino Amâncio Rodrigues, considerado um dos sucessores do sindicalista Chico Mendes, está se sentindo ameaçado por se opor ao manejo madeireiro comunitário na Reseva Extrativista Chico Mendes.

A casa dele foi invadida e destruída, mas a polícia do Acre não avançou nas investigações após um mês.

- Voltei a sentir medo no Acre, assim como sentia quando lutava com Chico Mendes - disse o seringueiro.

De Brasiléia, por telefone, Osmarino Amâncio Rodrigues conversou com a reportagem do portal Terra. Confira:

Por que você se diz ameaçado de morte no Acre?
É por causa da questão da madeira. A minha casa, no seringal Humaitá, colocação Pega Fogo, lá na Reserva Chico Mendes, foi invadida e destruída completamente. Minha dormida, meus utensílios, motosserra, furadeira de estaca, roçadeira. Era o meu patrimônio de trabalho do dia a dia. Não foi roubo. Alguém decidiu destruir mesmo, uma covardia. Se existe divergência de idéias, ninguém pode ser vítima desse tipo de vandalismo por pensar diferente.

Mas quem teria destruído a sua casa? Foi gente mesmo de dentro da Reserva Chico Mendes?

Não, não foi. Uma pessoa contou que chegaram homens de moto. Eu estou fazendo reunião em tudo que é lugar. Eu sou contra o manejo madeireiro e vou trabalhar até as últimas conseqüências. Por causa dessa luta, não tenho parado no meu lugar, na minha casa. Nos últimos meses estive envolvido na disputa pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, fazendo campanhas de alerta contra o projeto de manejo comunitário de madeira. Em Brasiléia estou orientando que as pessoas dos seringais não assinem os contratos de manejo comunitário de madeira. O governo estadual está orientando os seringueiros a aceitarem o manejo de madeira. Essa é uma política do governo. O manejo comunitário de madeira no Estado está atingindo uma proporção insuportável. É matéria-prima. Sou contra. Temos que trabalha em defesa da agregação de valor e não apenas exporta matéria-prima.

Então você acha que a destruição de sua casa está relacionada à sua resistência ao manejo comunitário de madeira?

O que é fato hoje é que a ambição em torno de madeira está muito maior do que na época do latifúndio, quando Chico Mendes liderava a resistência dos seringueiros. É muito brutal a política governamental de mercantilização da região. A situação vai se acirrar muito mais. Todos sabem que aqui já usaram o método da pistolagem. Agora talvez estejam apenas começando o terror psicológico com a destruição da casa, da estrutura de alguém que se opõe. Na semana passada, o governo do Acre retirou o programa do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri do ar. Retirou porque o candidato que apoiava foi derrotado. Está havendo caça às bruxas daqueles que pensam diferente da política governamental. Tudo está sendo feito de maneira muito bem premeditada.

A destruição de sua casa foi comunicada à polícia?
Sim. A meu pedido, a polícia registrou um boletim de ocorrência. A polícia técnica compareceu ao local e fez fotos. Tenho que registrar porque meu medo é que aconteça de encontrar esses vândalos em minha casa. Voltei a sentir medo no Acre, assim como sentia quando lutava com Chico Mendes. Além disso, a situação dos seringueiros permanece sem alternativa. O governo deu ordem pra gente não botar mais roçado de subsistência, isto é, praticamente não fazer mais nada dentro da reserva. Estão tirando a reserva da gente, mas não nos dão uma outra alternativa de sobrevivência. Não tem dinheiro pra comprar borracha e só se pode vender 300 quilos por ano. O quilo da borracha custa R$ 3,50, mas ninguém tem dinheiro para comprar.

Grato pelas informações, Osmarino.
Eu quero acrescentar algo. Não foi a primeira vez que destruíram minha casa. Na outra vez, quando eu disputava a associação da reserva, também destruíram tudo o que havia em minha casa. Decidi que vou começar a registrar porque não sei quando isso vai parar. Não vou recuar. Não recuei quando os fazendeiros dominavam tudo e mandavam matar qualquer um por qualquer coisa. Não vou parar agora, no momento que dizem que vigora a democracia.

Do Portal Terra

Países do G8 fracassaram no cumprimento de metas para deter mudanças climáticas, denuncia Rede WWF

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O relatório G8 Climate Scorecards, lançado pela Rede WWF e Allianz SE nesta quarta-feira, dia 1 de julho, se propõe a avaliar os países do G8+5 (grupo das sete maiores economias mundiais mais a Rússia e cinco países em desenvolvimento, entre eles o Brasil) quanto aos avanços em suas políticas nacionais sobre mudanças climáticas e a implementação de ações para a prevenção de problemas. Os resultados do estudo baseiam-se nas melhorias obtidas desde 1990.

O relatório é feito anualmente pela consultoria independente Ecofys. Saiba as principais conclusões da edição de 2009:


Como os países do G8 estão se comportando em relação ao clima do planeta?
O relatório fez um ranking dos países que mais contribuem para deter o aquecimento global. Quem está ajudando o clima neste momento são: Alemanha, em primeiro lugar, Reino Unido, em segundo, e a França, em terceiro.

Segundo o acordo vigente sobre clima, o Protocolo de Quioto, os países industrializados (incluindo os do G8) devem reduzir suas taxas de emissão de gases de efeito estufa – principais responsáveis pelo aquecimento global. Esses três países vão cumprir suas metas. Além disso, todos eles vêm preparando políticas que garantem que essas emissões vão continuar caindo.

E os demais países?
A Itália e o Japão, que aparecem em quarto e quinto lugar, respectivamente, estão numa posição média baixa. Eles receberam essa colocação porque diminuíram suas emissões de gases de efeito estufa desde a assinatura do Protocolo de Quioto, mas se continuarem nesse ritmo, não vão atingir as metas. Além disso, as políticas climáticas nacionais de ambos ainda são incipientes diante do tamanho do desafio que temos pela frente.

Quais são os piores do ranking?
O Canadá, os Estados Unidos e a Rússia, nesta ordem, tiveram o pior desempenho no cumprimento das metas de clima do Protocolo de Quioto. O Canadá aumentou suas emissões em vez de diminuir, como era o combinado.

Além disso, o país não fez mudanças positivas significativas na política nacional de clima. Os Estados Unidos, apesar de ainda estarem numa posição muito ruim, melhoraram, pois no ano passado estavam em último lugar no relatório.

Isso aconteceu por que a administração Obama tem conseguido vários avanços nas políticas internas do país sobre mudanças climáticas. Já a Rússia, além de estar com as emissões altas, não tem eficiência energética e utiliza muito gás natural como fonte de energia. O gás natural emite muitos gases de efeito estufa.

E o Brasil? Como está?
O Brasil, como os demais países em desenvolvimento analisados no relatório G8 Climate Scorecards, não recebe uma classificação, pois não têm metas obrigatórias de redução de gases de efeito estufa dentro do Protocolo de Quioto. Mas o país tem que fazer a sua parte para evitar que o aquecimento global chegue a níveis perigosos e, por isso, precisa se desenvolver de maneira limpa e sustentável.

No final do ano passado, o governo apresentou o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que inclui metas nacionais de redução de desmatamento na Amazônia, o que é muito bom. Porém, há outras políticas e ações de governo e discussões no Congresso Nacional que não condizem com os esforços feitos para combater o desmatamento.

Exemplos disso são a discussão no Congresso Nacional sobre mudanças no Código Florestal, que, caso aprovadas, terão forte impacto no meio ambiente e poderão estimular o desmatamento. Outro exemplo é o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê grandes obras de infraestrutura na Amazônia.

Se somente alguns países conseguiram cumprir suas metas para evitar o aquecimento global, o que pode ser feito agora?

O Protocolo de Quioto termina em 2012 e já sabemos que até lá o aquecimento global ainda não terá sido detido. Por isso é necessário um outro acordo entre os países que seja justo, respeitando a responsabilidade que cada um tem sobre as emissões totais atuais e passadas, mas que seja também eficiente e resolva o problema de excesso de gases de efeito estufa na atmosfera.

Dezembro de 2009 é a data-chave para os países chegarem a este acordo, pois depois da assinatura na reunião das Nações Unidas, o documento ainda deve ser ratificado nos países e esse processo não é rápido. Faltam apenas cinco meses para Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, em Copenhague.

Os países precisam tomar providências imediatamente e ajudar a selar um bom acordo em dezembro.

Fonte WWF

CLIQUE AQUI PARA VER O RELATÓRIO COMPLETO

ONG põe 'iceberg' no Sena em protesto em Paris contra mudança climática

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Ato do Greenpeace ocorre às vésperas do encontro do G-8 na Itália.
Eles pediram 'liderança' no combate ao problema ambiental.


Ativistas do Greenpeace instalam um 'iceberg' inflável de 16 metros de altura no Rio Sena, próximo à Torre Eiffel, nesta terça-feira (7) em Paris. O Objetivo, às vésperas da reunião do G-8 na Itália, é chamar a atenção para o problema da mudança climática. A faixa pede que os chefes de estado do bloco tenham 'liderança' para lidar com a questão ambiental. (Foto: Reuters)

Vote no Blog Aspecto Ecológico

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Desde ontem este blog entrou na disputa pela maior premiação da blogosfera nacional. Trata-se do prêmio Top Blog 2009, categoria sustentabilidade. Para votar é muito simples: clique no banner Top Blog à sua direita, vote e confirme na mensagem que é direcionada para sua caixa de e-mail indicada. Vote, participe. Por um mundo melhor. “UM OUTRO MUNDO AINDA É POSSÍVEL”.

O QUE É O TOP BLOG
Top Blog Prêmio é um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante a votação popular e acadêmica (Júri acadêmico) os Blogs Brasileiros mais populares, que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo (Pessoal, Profissional e Corporativo) e categorias.

Como denunciar as agressões ao meio ambiente

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O Instituto Brasileiros do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis [Ibama] é o órgão do governo federal responsável pela execução, controle e fiscalização ambiental. Responde também pela integridade das áreas de preservação permanentes e de reservas legais, além de promover o acesso e o uso sustentado dos recursos naturais e muitas outras ações voltadas à conservação do ambiente.

As irregularidades podem ser denunciadas diretamente ao órgão, por meio da Linha Verde gratuita: 0800 61 8080. Também é possível enviar denúncias por e-mail para linhaverde.sede@ibama.gov.br.
Se a situação envolver a compra, venda ou transporte ilegal de animais silvestres brasileiros, a denúncia pode ser feita à Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres [Renctas].

Mais informações sobre animais venenosos ou peçonhentos, o contato é o Instituto Butantã, no telefone 0 [xx] (11) 3726-7222.

Participantes de Seminário ecológico divulgam declaração em favor do meio ambiente

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Os religiosos e leigos que participaram do Seminário “Espiritualidade ecológica: Um olhar sobre o Baixo Amazonas”, entre os dias 19 e 21 divulgaram a declaração final do evento, promovido pela Pastoral Social da arquidiocese de Santarém (PA).

No texto, os participantes reafirmaram ser contrários ao complexo Hidrelétrico do Tapajós. “Diante do desrespeito das autoridades para com nossos povos, nós, religiosos, religiosas, padres, leigos e leigas da Diocese de Santarém, sócio-ambientalistas, educadores populares [...] somos contrários ao Complexo Hidrelétrico do Tapajós que, além de prejudicar nossa cultura e meio ambiente, não nos trará benefícios, beneficiando apenas o grande capital e empresas nacionais e estrangeiras”.

A declaração também ressalta que o planeta está destruído por uma minoria em detrimento da maioria da população por meio de um “esbanjador estilo de vida”. Para os participantes há alguns pré-requisitos para conseguir a soluções ecológicas. “Simplicidade, moderação e disciplina, em fraternidade com os povos e a Criação”, enumera.

Ainda de acordo com o texto, é preciso colocar a natureza e as pessoas acima da tecnologia para que haja dignidade, respeito e admiração pela “Mãe Terra”. “É urgente e vital que as pessoas e a natureza estejam acima do lucro e da tecnologia. A nossa generosidade é a medida da nossa humanidade. O mundo tem que mudar a partir da nossa capacidade de partilha e não a partir de nossa capacidade de destruição e acumulação”.

Os participantes aproveitam também a declaração para manifestar repúdio à MP 458 que legaliza as terras griladas na Amazônia. “Vemos a MP 458 como prêmio aos grileiros! Vão ganhar os grileiros, que ocuparam as terras públicas e agora as vão ver legalizadas por decreto presidencial”.

Durante os três dias de Seminário foi discutida a situação do projeto da hidrelétrica São Luis do Tapajós que, segundo a Pastoral Social da arquidiocese de Santarém, será a destruição do rio Tapajós e das comunidades tradicionais que vivem ao longo de suas margens.

Também foi refletida a espiritualidade ecológica centrada na Criação e no bem das pessoas e dos povos.

Fonte Ascom/CNBB

LEIA DECLARAÇÃO NA ÍNTEGRA. CLIQUE AQUI

Obama festeja aprovação de lei climática e pede retirada de imposto sobre importações

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, festejou neste fim de semana, a aprovação da lei climática na Câmara Federal daquele país, na última sexta-feira, 24, e classificou-a de “extraordinário primeiro passo”.
O Ato de Energia Limpa e Segurança 2009 recebeu 219 votos favoráveis e 212 contra, e agora precisa ser aprovado no Senado para virar lei.

Obama, contudo, disse neste domingo, 28, que espera que o Congresso retire uma cláusula que impõe, em 2020, tarifas sobre importações de países que não tenham um sistema de preços ou limites sobre as emissões de dióxido de carbono.

“Em uma época em que a economia mundial ainda está em recessão e vemos uma queda significativa no comércio global, eu acho que precisamos ser muito cuidadosos em enviar qualquer sinal de protecionismo”, afirmou Obama, segundo o jornal Washington Post.

A lei climática prevê uma redução das emissões de gases do efeito estufa em 17% até 2020 e 83% até 2050, em relação aos níveis de 2005.

Fonte: Washington Post

Avião movido a energia solar prepara volta ao mundo

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Na próxima sexta-feira, 26, o Grupo Altran apresenta na Suiça, o Solar Impulse, primeiro avião movido a energia solar programado para planos de voo noturno.

A empresa, que desde 2003 é líder européia em consultoria e inovação, está envolvida como parceira oficial do projeto. Para conciliar a criação da novidade, grupo de pesquisadores usou conhecimentos nos setores de aeronáutica e energia, bem como habilidades em gestão de risco para a conclusão da ideia.

A participação do grupo acontece em diversas áreas do projeto, entre elas, a criação de um simulador de tarefas. “Esse simulador permite à equipe a capacidade de antecipar as dificuldades inerentes ao projeto e à concepção das soluções mais eficazes”, afirma Patrick Dauga, do grupo CEO Américas.

O Solar Impulse projetado na Suiça já realizou três voos por meio de um simulador ao longo dos últimos três anos, o que proporcionou a avaliação do comportamento e percurso da aeronave, em condições meteorológicas reais.
5 mil parâmetros avaliaram o desempenho do avião, entre eles, o consumo de energia, bateria, gestão de painel solar, potência do motor, gestão de autorizações de sobrevôo, decisões do piloto e modelos de voo.

Segundo o cronograma do projeto, este ano será realizado o primeiro percurso noturno. No próximo ano, estão previstas duas grandes viagens: cruzar os Estados Unidos e depois o Oceano Atlântico e, em maio de 2011, dará uma volta ao mundo tripulado, com piloto Michel Picard a bordo, com escalas em todos os continentes.

A Altran
Fundada em 1982, na França, a Altran é líder no mercado europeu de Consultoria em Tecnologia e Inovação, destacando-se, no setor, como uma das empresas maiores do mundo. A empresa emprega mais de 18 mil colaboradores e mantém operações em mais de 20 países, entre eles, Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília), China, Coréia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Portugal, Suécia, Suíça e Venezuela. Em 2008, o grupo faturou cerca de US$ 3 bilhões. Entre as empresas que compõem o grupo Altran, destacam-se Arthur D.Little, Cambridge Consultants, Hilson Moran, Control Solutions, Media Aerospace, Pr(i)me, DCE Consultants, Praxis, Synetics, Segime.

Lula pede ponderação e menos ideologia em discurso ambiental

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Em discurso durante o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2009/10, ontem, 22, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que discussão sobre a preservação ambiental não seja tratada de forma ideológica. Lula chegou a afirmar que os adversários do Brasil no exterior adotam esse tipo de discurso para questionar programas como o de biocombustíveis.

"Não metam o dedo sujo de combustível fóssil no nosso combustível limpo", afirmou. Ao explicar a posição do governo sobre a questão ambiental, o presidente recorreu à metáfora de uma mãe que é pressionada por dois filhos que desejam decisões diferentes.

"Ela vai ter que tentar mediar", explicou Lula, em entrevista no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina (PR). Para Lula, o Brasil está chegando a um ponto de equilíbrio. Ele citou o exemplo da carta-compromisso que será assinada ainda nesta semana com empresários do setor de etanol prevendo melhores condições de trabalho no setor.

Ainda sobre a questão, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, avaliou que sua pasta adota uma postura técnica sobre a discussão ambiental.
Segundo Stephanes, a legislação ainda tem erros, e há dois caminhos possíveis. O primeiro, de acordo com o ministro, seria retirar da legislação o que não é necessário, mantendo o desmatamento zero no bioma amazônico e em novas áreas ou, se a sociedade decidir que não é mais possível plantar em determinadas terras - topo de morros e várzeas -, indenizar os produtores. Stephanes disse que 16 mil itens formam a legislação ambiental entre resoluções, portarias, decretos e leis.

"Eu acho que temos divergências. Seria importante que a gente harmonizasse essas divergências, mas acho que ele continua um pouco no viés ideológico e eu procuro discutir a questão no viés técnico e científico", disse Stephanes, em entrevista no final da solenidade a respeito de sua divergência de pensamento com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Diferentemente de sua visão, o ministro da Agricultura considerou que o colega do Meio Ambiente ainda tem um viés ideológico.

Fúlvio Costa, com informações da AE

“Ainda este ano o mundo abrigará 1 bilhão e 20 milhões de famintos”, estima FAO

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“1 bilhão e 20 milhões de pessoas em 2009”. Este é o número de famintos que o mundo irá abrigar até o fim do ano, segundo cálculos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

De acordo com a organização, em comparação ao ano passado, o mundo ganhou mais 100 milhões de famintos. O que em números significa que 99% dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento.

A FAO aponta que a crise econômica só agravou a situação dos famintos. “Os altos índices de desemprego e a redução salarial também levaram mais famílias a baixar a quantidade de refeições diárias”, declarou a organização.

O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, disse que a fome é uma crise silenciosa que afeta agora 1/6 da população global. Para ele, o problema é um grave risco para a paz e a segurança no mundo.

Em nota publicada na última sexta-feira, 19, o chefe da FAO pediu aos países pobres para reforçar sua produção agrícola porque o setor é essencial na luta contra a pobreza e a fome. O número de famintos tem aumentado em todo o mundo com exceção da América Latina e do Caribe. A região com a maior parte das pessoas que passam fome é a da Ásia-Pacífico, seguida pela África Subsaariana, América Latina, norte da África e o Oriente Médio.

Fúlvio Costa, com informações da Rádio ONU

Filme sobre massacre de povo indígena vence 11º Festival Internacional de Cinema Ambiental

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Venceu o 11º Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica) o documentário Corumbiara, de Vicent Carelli. O prêmio foi entregue neste sábado, 20, na Cidade de Goiás. O filme realça o massacre de um grupo de índios isolados na Gleba Corumbiara, em Rondônia, na década de 1980.

O massacre foi denunciado pelo indigenista Marcelo Santos. Foi por meio de Santos que Carelli soube do fato e decidiu transformá-lo em filme, quando coordenava o projeto Vídeos das Aldeias.

O cineasta filmou as evidências do crime, mas foi desacredito, e a história caiu no esquecimento. Em 1995, ele voltou à região e encontrou a aldeia abandonada e os índios isolados. Tudo registrado no documentário.

"Só o cinema poderia resgatar uma história como essa, um crime de genocídio que o país simplesmente ignorou. É uma história emblemática, uma face oculta da história do Brasil", desabafou Carelli ao receber o troféu Cora Coralina, mais uma premiação de R$ 50 mil.

"Uma mudança no mar” filme norte-americano, de Barbara Ettinger, venceu na categoria melhor longa-metragem. As imagens foram captadas em mares do mundo inteiro. O documentário mostra o fenômeno da acidificação dos oceanos, provocada pelo aquecimento global.

O curta-metragem Mar de dentro, de Paschoal Samora, emocionou a plateia e os jurados com histórias de pescadores e levou o prêmio de R$ 25 mil da categoria.

O documentário Kalunga, de Luiz Elias e Pedro Nabuco, que levou às telas a história do maior território quilombola do país, no norte de Goiás, ganhou o troféu do júri popular.

Veja a lista completa de vencedores do 11° Fica

Maior destaque do festival: Corumbiara, de Vincent Carelli, 2009;

Melhor longa metragem: Uma mudança no mar, de Barbara Ettinger, Estados Unidos, 2009;

Melhor curta metragem: Mar de dentro, de Paschoal Samora, Brasil, 2008;

Melhor média metragem: Arrakis, de Andrea di Nardo, Itália, 2008;

Melhor série televisiva: Por trás do mundo, de Jakob Gottschau, Dinamarca , 2008;

Prêmio especial do júri Kalunga, de Luiz Elias e Pedro Nabuco, Brasil, 2009

Troféu Imprensa: A árvore da música, de Otávio Juliano, Brasil, 2009;

Melhor produção goiana: Ressignificar, de Sara Vitória, Brasil, 2009 e A última mordida, de Ângelo Lima, Brasil, 2009;

Menções honrosas: Sem grandes problemas, de Yacine Sersar, França, 2008; Bode rei, cabra rainha, de Helena Tassara, Brasil, 2008; Morrendo em abundância, de Yorgos Avgeropoulos, Grécia, 2008.

Fonte: AE

"2012": filme com base em calendário Maia diz que o planeta Terra tem data para acabar

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Para o calendário dos povos Maias, o planeta Terra sobreviverá até 2012, ou seja, daqui a pouco mais de três anos. De acordo com previsões e estudos da civilização mesoamericana pré-colombiana: eventos terríveis, colisão de meteoros e planetas com a Terra, além de problemas de conservação da Terra com o efeito estufa, convergem para a destruição do globo e toda sua humanidade naquele ano.

O calendário Maia era usado no topo daquela civilização. Esta seria uma profecia? Coincidência? A chamada profecia Maia já tomou uma grande proporção na internet pelo mundo todo com milhões de adeptos acreditando firmemente que o mundo vai acabar em 2012.

A profecia está vendendo muitos livros e rendendo muitas palestras, documentários e DVDs pelo globo. Há uma infinidade de teorias diferentes. Em dezembro próximo será lançado nos cinemas o filme: "2012", que trata justamente da profecia Maia. De acordo com esse povo, a data final para o planeta será 21/12/2012.

Suspense será lançado nas grandes telas em 13 de novembro de 2009.

Confira trailer provisório do longa-metragem:

Contador de dióxido de carbono em tempo real incentiva a redução da poluição na atmosfera

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Nova York acaba de inaugurar o primeiro contador de dióxido de carbono público em tempo real do mundo. O inusitado painel eletrônico tem por objetivo medir a quantidade de dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera.

Utilizando projeções mensais e outras tecnologias de medição desenvolvidas pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), o Contador de Carbono (Carbon Counter) foi criado para incentivar as pessoas a reduzirem suas próprias emissões.

Idealizado pelo Deutsche Bank, o medidor de 21 metros de altura mostra no momento mais de 3.6 trilhões de toneladas métricas de CO2 na atmosfera e deve registrar o acúmulo de mais de dois bilhões de toneladas por mês. “Nós não conseguimos enxergar os gases do efeito estufa, por isso é fácil esquecer que eles estão se acumulando rapidamente”, afirmou Kevin Parker, presidente da divisão de administração de recursos do Deutsche Bank.

O professor de ciência atmosférica do MIT, Ronald Prinn, explica os métodos utilizados pelo contador. “O número é baseado em medidas globais. Ele mostra o total estimado das toneladas de gases do efeito estufa em forma de dióxido de carbono, sendo que removemos os ciclos naturais para mais claramente mostrar as emissões relacionadas ao homem”.

Confira o contador online: http://www.know-the-number.com

Fonte: Agencias Internacionais

Diocese de Santarém reflete “Espiritualidade Ecológica” em Seminário

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“Espiritualidade ecológica: Um olhar sobre o Baixo Amazonas”. Este é o tema do Seminário promovido pela diocese de Santarém (PA) e acontece nesta sexta-feira, 19, a partir das 8h.

O evento, promovido pela Pastoral Social diocesana, é dirigido aos representantes das paróquias, congregações religiosas, universidades, sindicatos, escolas, movimentos populares.

De acordo com a coordenação da Pastoral Social, o seminário vai discutir a situação do projeto da hidrelétrica São Luis do Tapajós que, para muitos será a destruição do rio Tapajós e das comunidades tradicionais que vivem ao longo de suas margens.

“Também será refletida a espiritualidade ecológica centrada na Criação e no bem das pessoas e dos povos, pois a ecologia é uma questão de sobrevivência”, completa a Pastoral.

Os interessados em participar podem fazer a inscrição pelo telefone 3522-1777 ou no Centro Diocesano de Pastoral, atrás da catedral de Nossa Senhora da Conceição.
O Seminário encerra no domingo, 21, e faz parte da prioridade pastoral da diocese de Santarém “Defesa da Amazônia, seus povos e sua biodiversidade”.

Mais informações: Padre José Cortes [coordenador da Pastoral Social] 9901-8722.

Em Manaus, polícia apreende 163 filhotes de tartaruga que seriam vendidos em feira livre

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Na capital do Amazonas, onde deveria acontecer o exemplo de preservação da fauna e flora brasileira, acontece o contrário: vendedores oferecem animais em feira livre da cidade.

A Polícia Militar Ambiental do estado apreendeu 163 filhotes de tartaruga que estavam à venda. Flagrados durante uma ronda de rotina, os criminosos saíram correndo e conseguiram fugir. A apreensão aconteceu neste domingo, 14.

De acordo com informações do site Greenpeace, os animais passam por exames no Refúgio Sauim-Castanheiras especializado na recuperação de animais silvestres e assim que tiverem condições retornarão à natureza.

Fúlvio Costa, com informações do Greenpeace

Curso de Gestão de Unidades de Conservação acontece em Manaus

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Começou nesta terça-feira, 16, em Manaus (AM) a 15ª edição do “Curso Introdutório de Gestão de Unidades de Conservação da Amazônia”. O objetivo da formação, que prossegue até o dia 25, é contribuir com a consolidação das novas unidades de conservação ligadas ao programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), bem como fortalecer a gestão das já existentes na região.

20 profissionais, entre gestores de unidades de conservação estaduais e federais e integrantes de instituições parceiras da gestão, participam desta 15ª edição do curso. A iniciativa é fruto da parceria entre o WWF – Brasil e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), com a colaboração do Arpa.

Em cinco anos de parceria já foram beneficiadas 100 unidades de conservação direta e indiretamente. Mais de 300 pessoas já foram capacitadas. Com esses números, a iniciativa torna-se uma referência no Brasil.

A próxima edição do curso acontecerá em agosto.

Acordo sobre emissões de gases poluentes na atmosfera

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“As sociedades afetadas pelas mudanças climáticas poderão ficar presas em um movimento sem volta de degradação ecológica, rumo ao fundo no qual as redes sociais entrarão em colapso, com tensões e aumento da violência. Nesse cenário, grandes populações se verão forçadas a migrar como única alternativa de sobrevivência imediata”, disse Charles Ehrhart, outro autor do estudo sobre mudanças climáticas.
Segundo o cientista, os migrantes se deslocarão fundamentalmente dentro do próprio país ou para países vizinhos. Conflitos parecem ser uma consequência inevitável nos próximos anos.

A atual estimativa, diz Sherbinin, é que a população mundial passe dos atuais 6,8 bilhões de habitantes para 9 bilhões em 2050. “Os países estão ficando sem locais para alocar pessoas produtivamente”, diz.

Os autores do estudo defendem a fundamental pressão que deve haver na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em Copenhague, na Dinamarca, entre os dias 7 e 18 de dezembro, para que os países diminuam a emissão de gases que estimulam o efeito estufa.

Mesmo que um acordo seja conseguido para diminuir as emissões de gases poluentes na atmosfera, diz o relatório, isso não ocorrerá a tempo de evitar todas as migrações.

Os cientistas recomendam que os países priorizem as populações mais vulneráveis e invistam em medidas preventivas: desenvolvimento de tecnologias de irrigação que usem menos água, diversificação econômica e sistemas nacionais de gerenciamento de desastres naturais.

“Novas maneiras de pensar e abordagens práticas são necessárias de modo a enfrentar as ameaças que a migração relacionada ao clima apresentam à segurança e ao bem-estar da humanidade”, disse Koko Warner, chefe do Instituto para Segurança Humana e Ambiental da Universidade das Nações Unidas e principal autora do relatório.

Fúlvio Costa, com informações do relatório da ONU

O relatório In search of shelter pode ser baixado em www.ciesin.columbia.edu/documents/clim-migr-report-june09_final.pdf

Relatório da ONU adverte sobre catástrofes ambientais dos próximos anos

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Mais dados do relatório da ONU sobre mudanças climáticas afirmam que economias baseadas na pesca, ecossistemas, agricultura de subsistência, pecuária, irão falir nos próximos anos. Esse fato será fundamental para a migração forçada.

O relatório aponta ainda que as chuvas podem diminuir pela metade até 2080. As mudanças no clima deverão aumentar a freqüência e a intensidade de desastres naturais, como ciclones, enchentes ou secas. No norte do continente africano e no México, os agricultores já estariam deixando suas propriedades por conta das alterações nos padrões de precipitação.

Pelo menos 40 países devem sofrer com o aumento do nível do mar. Regiões densamente povoadas, como é o caso dos deltas do Nilo Mekong e Ganges devem sofrer intrusão de água salgada, alagamentos, erosão e destruição da agricultura.

Nações em ilhas do pacífico, como as Maldivas, com cerca de 300 mil habitantes, começam a considerar planos de relocação. Há uma projeção apontando que haverá elevação de dois metros para este século, fato que inundaria metade dos 3 milhões de hectares cultiváveis ás margens do Mekong, no sudeste asiático.

Fúlvio Costa, com informações do Relatório da ONU

O relatório In search of shelter pode ser baixado em www.ciesin.columbia.edu/documents/clim-migr-report-june09_final.pdf

“Processo migratório vai movimentar 700 milhões de pessoas no mundo até 2050”, aponta estudo da ONU

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O mundo está prestes a fazer seu maior processo migratório de sua história. O alerta veio de cientistas ligados à Organização das Nações Unidas (ONU). A previsão é para a metade deste século: secas, enchentes, desastres naturais serão as principais causas da busca de locais mais seguros em busca da sobrevivência nas próximas décadas.

Este, segundo a ONU, seria o maior processo migratório da história. As rápidas mudanças climáticas globais são as responsáveis por esse processo. O panorama está presente num documentário produzido por cientistas ligados à ONU e á Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, entre outras instituições.

O relatório “In search of shelter – Mapping the effects of climate change on human migration na displacement” foi divulgado no último dia 10, quarta-feira, na Conferência de Bonn, na Alemanha. O texto está disponível na internet e frisa que o processo migratório já começou.

Os autores afirmam no texto que não é fácil separar o deslocamento populacional, conflitos políticos, crises econômicas, crescimento populacional, esgotamento de áreas cultiváveis dos efeitos do clima.

“As mudanças climáticas eventualmente terão um papel dominante ao ampliar todos os demais fatores”, ressalta o relatório, que estima que o total de pessoas envolvidas nas migrações estimuladas pelas mudanças climáticas poderá pular de 50 milhões em 2010 para cerca de 700 milhões em 2050.

“O clima é o invólucro no qual todos nós vivemos nossas vidas. O relatório dispara a sirene de alarme. Geralmente categorizamos os pobres como aqueles que sofrerão mais, mas as sociedades mais ricas também perderão muito”, disse Alexander de Sherbinin, da Universidade de Colúmbia, um dos autores do trabalho.

O relatório é baseado em um levantamento global e inédito a respeito de migrações e de mudanças ambientais. Apresenta uma série de mapas detalhados que mostram como e onde podem estar as áreas com maior risco de serem atingidas.

Fúlvio Costa

O relatório In search of shelter pode ser baixado em
http://www.ciesin.columbia.edu/documents/clim-migr-report-june09_final.pdf

Grupo se veste de alienígena e protesta contra mudança climática

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Na manhã desta terça-feira, 16, manifestantes vestidos de alienígenas promovem protesto em frente ao Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, sigla em inglês) em Manila, nas Filipinas. O local sediava uma conferência sobre mudanças climáticas. Ativistas do Greenpeace e do grupo britânico Oxfam tentaram entrar no Banco, mas foram impedidos.

Com informações do Correio Braziliense

HOME, o filme: um convite à mudança de atitude

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"Mais do que um filme, Home vai ser um grande evento em todo o mundo", essas são as palavras que figuram no press release desse documentário que estreou no dia 5 de junho, oportunamente no Dia Mundial do Meio Ambiente. "Home" é um filme para aquecer a discussão sobre sustentabilidade ao ser o primeiro longa lançado simultaneamente em 50 países diferentes, em salas de cinema, em dvd, na tv, e para todo o planeta através do Youtube!

HOME é uma produção de Luc Besson e dirigido pelo fotógrafo Yann Arthus-Bertrand, que há anos defende a sustentabilidade do meio ambiente através da sua ong GoodPlanet.org, o filme tenta convencer sobre a responsabilidade para com o planeta.

Um alerta contundente, "Home" mostra as maravilhas e problemas de mais de 50 países ao redor do planeta e busca engajar na "reconstrução" da Terra em um período máximo de 10 anos, prazo estipulado antes que comecemos a enfrentar catástrofes ambientais ainda maiores do que as que já vivemos.

O filme é um convite à mudança de atitude obrigatória!

site oficial:www.home-2009.com

Confira trailer e making-of



Na contramão dos ASPECTOS ECOLÓGICOS

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Não basta apenas falar de ecologia e preservação ambiental. Temos também que fazer nossa parte. Como diria o eterno CAZUZA: “O TEMPO NÃO PARA, NÃO PARA NÃO”.













Amazônia: peça o veto à grilagem

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A Amazônia está ameaçada! A medida provisória da regularização fundiária, também conhecida como MP da grilagem, aprovada pelo Congresso Nacional, vai regularizar áreas ilegalmente ocupadas na Amazônia.

Isso vai estimular, ainda mais, o desmatamento, principal contribuição do Brasil para o aquecimento global. Essa situação é grave, pois o país já é o quarto maior emissor de gases de efeito estufa.

É hora de agir!
Só há uma chance de reverter essa ameaça! Ajude-nos a fazer isso. Peça ao Presidente da República que vete os artigos 2, 7 e 13 da MP 458/09.
Envie uma mensagem formal ao Presidente. Para isso, acesse o site da Presidência da República*. Em seguida, copie e cole o texto abaixo no formulário:

Presidente Lula,
Sou contra o aquecimento global e a favor da Amazônia e do desenvolvimento sustentável. Por isso, peço os seguintes vetos à MP 458/09:
• Artigo 2, incisos II e IV
• Artigo 7, e
• Artigo 13
Presidente Lula, assuma a liderança. Promova o desenvolvimento sustentável. E não a destruição da Amazônia!

Fonte: WWF - Brasil

ENVIE MENSAGEM AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. CLIQUE AQUI

Entidades recorrem ao presidente Lula em busca de veto à MP 458

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Na quarta-feira, 10, encerramento do Simpósio Internacional Mudanças Climáticas e Justiça Social, que aconteceu em Brasília, foi enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por representantes de 20 entidades sociais uma carta aberta solicitando o veto dos incisos II e IV do artigo 2º, do artigo 7º e do artigo 13 da Medida Provisória (MP) 458/09, que dispõe sobre a regulamentação fundiária das ocupações incidentes em terras situadas em áreas da União, no âmbito da Amazônia Legal”. A MP já foi aprovada pelo Senado e está nas mãos do presidente para ser sancionada.

Segundo as organizações signatárias da carta, na forma como está, a MP 458 “validará a apropriação indevida e a grilagem de terras públicas”. Ainda de acordo com as organizações, a MP favorece a anistia de terras públicas na Amazônia, a aceleração do desmatamento e a desfiguração do bioma.

A carta foi aprovada pelos 150 participantes do Simpósio Internacional “Mudanças climáticas e justiça social”, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Misereor (entidade católica da Alemanha) e diversos parceiros. O evento ocorreu no Centro Cultural de Brasilia (CCB), na capital federal, desde segunda-feira, 8.

CPT pede veto a artigos da MP 458

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A Comissão Pastoral da Terra disse, em nota, no dia 9 de junho, que a MP 458 sobre a regulamentação fundiária na Amazônia vai promover a “farra da grilagem”. “A Medida Provisória 458, agora às vésperas de ser transformada em lei, regulariza posses ilegais. Beneficia, sobretudo, pessoas que deveriam ser criminalmente processadas por usurparem áreas da reforma agrária, pois, de acordo com a Constituição, somente 7% da área ocupada por pequenas propriedades de até 100 hectares (55% do total das propriedades) seriam passiveis de regularização”, diz a nota assinada pelo presidente da CPT, dom Ladislau Biernaski.

A CPT reclama do Governo por ter descartado “qualquer discussão” sobre a MP com os representantes dos trabalhadores do campo e da floresta. “Esta proposta de lei, que vai para a sanção do Presidente Lula, pavimenta o espaço para a expansão do latifúndio e do agronegócio na Amazônia, bem ao gosto dos ruralistas”, afirma a CPT.

A nota diz, ainda, que o presidente Lula ficou refém da bancada ruralista ao recorrer à senadora Kátia Abreu, “inimiga número um da reforma agrária”, para a aprovação da MP no Senado.

Leia a íntegra da nota aqui

STF adia mais uma vez julgamento de recurso contra diploma em jornalismo

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Foi adiado, na tarde desta quarta-feira, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, foi remarcado para o dia 17 de junho. A Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) reúne-se neste feriado de Corpus Christi para traçar novas estratégias da campanha em defesa do diploma neste momento decisivo para o futuro do jornalismo brasileiro.

Às 16h30 de ontem, quando acompanhavam a sessão do STF, dirigentes da Fenaj foram informados de que o julgamento do processo sobre o diploma havia sido adiado, mas sem previsão de quando retornaria à pauta. Como a pauta das sessões é definida sempre na semana anterior e hoje é feriado, a nova data foi definida ontem à noite.

Outras matérias ordinárias também estarão incluídas na sessão da próxima semana. Mas a perspectiva é que com a definição da nova data o recurso sobre o diploma seja efetivamente apreciado. Às 9h desta quinta-feira, a Executiva da Fenaj, que está em vigília permanente, definirá os novos passos desta luta. O GT Coordenação Nacional da Campanha em defesa do Diploma também se reúne neste feriadão para tratar do assunto.

Com o processo de mobilização dos apoiadores da campanha intensificado nos últimos dias, a Federação dos Jornalistas e a coordenação do movimento esperam que as manifestações e articulações de novos apoios multipliquem-se com velocidade até o dia do julgamento.

“O fim da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo significaria um grande golpe em nossa regulamentação profissional”, destaca Valci Zuculoto, diretora da Fenaj e componente da coordenação da campanha em defesa do diploma. “Não podemos deixar que os destinos do jornalismo no país fiquem ainda mais à mercê dos interesses dos donos da mídia”, diz. “Nossa expectativa é de que o STF se posicione pela manutenção da obrigatoriedade da formação. Mas para que isto se confirme, precisamos, todos, seguir firmes na luta”, conclui.

Fonte: Fenaj

No interior do Maranhão, a cada criança nascida é entregue uma muda de planta nativa

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No último dia 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente do município de Grajaú, no estado do Maranhão, lançou em parceira com um hospital da cidade, o projeto “Plantando Vidas” que visa entregar a cada criança nascida no hospital, uma muda de planta. As mudas são essências nativas e frutíferas, cultivas no Viveiro criado pela Secretaria do Meio Ambiente, nas dependências do hospital Itamar Guará, desde agosto de 2007.

Para o secretário do Meio Ambiente, Antônio Fernando dos Santos Barros, a finalidade do cultivo dessas mudas é garantir “a autosustentação da natureza que se encontra a cada dia destruída”. O secretário afirmou também que é uma forma para educar as pessoas, “especialmente as crianças e jovens para despertar a responsabilidade com a preservação da natureza”.

De 2007 a 2008, mais de 10 mil mudas foram replantadas no município de Grajaú, em locais degradados pela ação humana, nos espaços públicos, praças e escolas. Neste ano, “de janeiro a maio, 4 mil mudas já saíram do viveiro municipal de plantas”, disse Leonete Lima, assessora da Secretaria.

Outros eventos fizeram parte da comemoração. Dia 4, foram entregues mudas de Ipê, nas escolas da rede pública municipal, estadual e particular. Na tarde do dia 5, às 16h, no salão da Grota da Luz, aconteceu uma palestra proferida pelo secretário municipal do meio ambiente, Antônio Fernando sobre aquecimento global. Houve uma boa participação de professores, alunos, entre outros.

Sobre o projeto “Plantando Vidas”, o secretário disse que ao final de um ano, com a perspectiva de 100 nascimentos por mês, uma quantidade significativa de plantas, “chegaram nos lares de Grajaú, criando uma cultura para a preservação e amor pela a natureza”. O secretário garantiu que o projeto será estendido a outros hospitais.

Fúlvio Costa

STF julga obrigatoriedade do diploma de jornalista

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O blog Aspecto Ecológico defende a obrigatoriedade do diploma ao mesmo tempo em que defende a qualificação profissional do jornalista. “Melhor para o jornalismo, melhor para a sociedade”.

Está incluído na pauta desta quarta-feira, 10, do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do recurso extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista.
Diante desse impasse, a executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma, convocam os jornalistas, entidades e instituições apoiadoras do movimento a intensificarem as iniciativas de fortalecimento desta luta e de sensibilização dos ministros do STF.

A Fenaj prepara nova manifestação em Brasília para amanhã. Organizar caravanas para o ato em Brasília e manifestações públicas nos estados são as duas principais orientações da Federação e Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma.

A Federação solicita que os Sindicatos, faculdades e demais apoiadores desta campanha encaminhem informações sobre as atividades a serem realizadas para o e-mail boletim@fenaj.org.br.

No Paraná, o Sindicato dos Jornalistas do já agendou manifestação na Boca Maldita (Centro de Curitiba) para as 13h de amanhã. No mesmo dia e horário, o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco programou manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do estado.

Outra forma de protestar é enviando mensagens aos ministros do STF e postar apoios no site da Fenaj. Até o momento já foram postadas 3.356 mensagens.

“Derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista só interessa àqueles que desprezam o livre exercício do jornalismo com qualidade e ética e o direito da sociedade à informação. Por isso, neste momento decisivo é fundamental ampliar os apoios sociais a esta campanha. Neste sentido devem-se buscar, nos estados, manifestações de parlamentares e personalidades que fortaleçam esta luta, bem como estimular a adesão à rede social "Jornalista, só com diploma", em favor da obrigatoriedade da formação específica e de nível superior para o exercício da profissão”, adverte a direção da Fenaj.

Fúlvio Costa

Depois de quebra-pau, Minc quer aliança entre meio ambiente e agronegócio

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O ministro da pasta do Meio Ambiente, Carlos Minc, baixou o tom contra os ruralistas e voltou a afirmar ontem, 8, que irá procurar a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), para buscar entendimento entre os interesses dos ambientalistas e dos produtores rurais em relação a mudanças na legislação ambiental.

Minc, que há duas semanas chamou os ruralistas de “vigaristas”, foi denunciado pela CNA na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e na Procuradoria-Geral da República por crime de responsabilidade. “Não guardo ressentimento. Sou bom de fazer briga e bom de fazer as pazes”, afirmou.

“Se eu fiz as pazes com o governador Maggi [Blairo Maggi, de Mato Grosso], com o pessoal da soja e com o pessoal da cana, por que não posso fazer as pazes com a senadora Kátia Abreu, que é muito mais articulada e muito mais bonita?”, acrescentou.

O ministro disse que vai propor à senadora uma aliança entre o meio ambiente e o agronegócio, mas sem as facilidades acordadas com os agricultores familiares. “Não existirá aliança para o Brasil que não inclua também a grande produção. Tem que ter um tratamento diferenciado, mas isso não significa discriminação”, apontou o ministro.

As concessões para os agricultores familiares na mudança do Código Florestal somam Área de Preservação Permanente (APP) e da reserva legal no cálculo da parte da propriedade a ser preservada, o uso de espécies não nativas para recomposição do que foi desmatado, com a utilização de árvores frutíferas, por exemplo, e a simplificação da averbação da reserva legal.

“Para os grandões, que têm muita terra e muito dinheiro, a gente também vai simplificar, talvez não tanto assim”, avaliou.

MP 458
Em relação à Medida Provisória 458, que facilita a venda de terras na Amazônia, relatada por Kátia Abreu e aprovada pelo Senado na última semana, Minc reafirmou que pedirá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vete alguns pontos do texto.

“Não se trata de derrubar tudo. No essencial o projeto vai ser benéfico para a Amazônia, se trata de tirar pontos que abrem brecha para, em vez de beneficiar o posseiro, beneficiar o grileiro. O projeto foi desfigurado. Vamos pedir o veto. Não significa que o veto será dado. É uma decisão do presidente.”

Entre as alterações que o texto da MP recebeu no Congresso estão a possibilidade de venda da terra três anos após a regularização, e não dez como queria o governo – e a extensão das facilidades de compra da terra para pessoas jurídicas.

Professor titular da USP afirma que governo, mídia, sociedade organizada, ciência e academia devem se unir para combater aquecimento global

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Coordenada pelo professor do curso de engenharia ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), Genebaldo Freire Dias, a primeira mesa do Simpósio Internacional Mudanças Climáticas e Justiça Social: “Situação atual das mudanças climáticas no planeta e seus impactos sócio-ambientais”, foi aberta na manhã desta segunda-feira, 8.

O professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), Tércio Ambrizzi, deu início ao evento destacando os principais pontos que afetam a sociedade e o meio ambiente. Responsável pelo tema “Aspectos Globais das Mudanças Climáticas”, Ambrizzi foi categórico em frisar os dados atuais do aquecimento global. “O aquecimento está por toda parte. Não há um país que não sinta essa mudança hoje. As temperaturas já não são as mesmas, os furacões começam a chegar no Brasil, o nível do mar sobe, tudo isso em decorrência do aquecimento global”.

Ambrizzi mencionou os últimos dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o qual revela para onde caminha o mundo em consequência da emissão de gases do efeito estufa. O professor adverte para a vulnerabilidade das populações mais pobres. “O aumento da temperatura, do nível do mar vai atingir principalmente os mais pobres. É preciso estarmos atentos a esse fato que atinge diretamente os brasileiros”.

Os cenários apresentados pelo professor da USP revelam que três dados têm contribuído para as mudanças climáticas. “O aumento da temperatura, o aumento do nível do mar e a concentração de dióxido de carbono (CO2)”. “Se esses dados continuarem a se expandir, o Brasil vai assumir uma nova identidade com impactos diretos à agricultura, e mais presença de secas e inundações nos próximos anos”.

Tércio Ambrizzi fechou sua apresentação deixando uma mensagem aos participantes do Simpósio. “Precisamos urgentemente de políticas públicas voltadas para o meio ambiente, precisamos conscientizar hoje para que tenhamos um futuro seguro. Para isso, é preciso aumentar a capacidade de ações humanitárias e desenvolver sistemas de alerta mais eficazes sobre as mudanças climáticas”.

A palestrante alemã, Katrin Vohland, deu ênfase aos “Aspectos Globais das Mudanças Climáticas”. Numa série de slides, a pesquisadora cita como principal responsável pela mudança no clima, as indústrias poluentes. Para reverter a situação, ela disse que a ciência, o governo, e a sociedade organizada devem se apoiar em cinco grande pilares de um acordo global. “Investir em pesquisa e desenvolvimento”; “Controlar o mercado de carbono”; “evitar o desflorestamento e a degradação”; “desenvolvimento sustentável” e “adaptação”.

Vohland ressaltou que só dinheiro não é suficiente para frear as mudanças climáticas. “Investimentos são necessários, mas o dinheiro não é suficiente. É preciso alimentar a produção de desenvolvimento sustentável”.
Para a pesquisadora, é preciso “considerar os segmentos mais pobres da sociedade, por serem vulneráveis; vincular proteção climática à redução da pobreza e interligar políticas de desenvolvimento com sustentabilidade”.

Coletiva de Imprensa
O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa; o representante da Misereor, entidade católica alemã parceira no evento, Cláudio Moser; e o professor da USP, Tércio Ambrizzi, destacaram os valores e a importância de discutir mudanças climáticas em um evento internacional.
Dom Dimas afirmou que a consciência ambiental tem crescido na Igreja.

O secretário relembrou alguns dos esforços da Igreja no Brasil para tratar da temática ecológica. “Não é de hoje a preocupação da Igreja em tratar das questões ligadas a ecologia. Podemos lembrar que em 1979, a Campanha da Fraternidade refletiu a temática “Preserve o que é de todos”; em 2004 voltamos a pensar sobre o assunto com a Campanha da Fraternidade “Água, fonte de vida”, e em 2007 com a Campanha “Vida e Missão neste Chão”, enumerou.

“Acreditamos que as mudanças climáticas irão atingir as populações mais pobres do Brasil. Questões ligadas às águas, alimentação e saúde serão diretamente atingidas. Os ricos sofrerão menos com essas mudanças, por isso, é importante criar formas de adaptação a essas mudanças climáticas”, disse Cláudio Moser.

Tércio Ambrizzi também sublinhou que a sociedade, o governo e os meios de comunicação devem estar atentos aos dados apresentados pela ciência referentes a mudanças climáticas. “Nos últimos 30 anos a temperatura da terra subiu 0,5º. O nível do mar subiu entre 1 e 2º. Se o mar sobe mais meio grau, pode ocorrer sérios danos em muitos pontos do litoral brasileiro. Se a temperatura subir, muitas regiões podem sofrer. É preciso atentar para esses números”.

Ambrizzi advertiu ainda para a importância da ligação que deve existir entre governo, meios de comunicação, ciência, academia e a sociedade organizada. Segundo o professor, essa ponte antecipa dados que podem evitar catástrofes no país e no mundo. “Os desastres que aconteceram no Norte e Nordeste já havia sido identificado pelos centros de meteorologia. Foi divulgado que havia grandes chances de cair muito volume de chuvas e nada foi feito. Esperou-se que caísse e ocorre o que todos nós já sabemos”.

fotos e matéria: Fúlvio Costa

Aspecto Ecológico faz cobertura exclusiva de Simpósio Internacional “Mudanças Climáticas e Justiça Social”

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Durante os três dias do “Simpósio Internacional Mudanças Climáticas e Justiça Social”, que começa amanhã, 8, e prossegue até o próximo dia 10, no Centro Cultural de Brasília [CCB – L2 Norte, Quadra 601, Brasília – DF], o blog Aspecto Ecológico fará cobertura exclusiva do evento. O Simpósio é organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Misereor, entidade católica alemã e diversas parceiras, a fim de discutir os impactos das mudanças climáticas sobre as populações mais vulneráveis.

A expectativa dos organizadores é reunir nos três dias de encontro, 200 pessoas, entre cientistas, representantes de movimentos e pastorais sociais, e vítimas de fenômenos provocados pelas mudanças climáticas.

A organização do Simpósio explica ainda que o objetivo do encontro é expor a gravidade das mudanças climáticas para a humanidade; entre eles, o relatório divulgado na última sexta-feira, 29, pelo Fórum Humanitário Global (FHG), entidade cuja sede fica em Genebra, Suíça, que revelou que cerca de 315 mil pessoas são mortas a cada ano vítimas da fome, doenças e desastres naturais.

“A partir dos debates, espera-se que a sociedade tome uma posição mais consistente em relação à questão, adotando medidas para impedir o avanço das mudanças climáticas e suas graves consequências. O Simpósio pretende também formular cobranças para o Estado”, acrescenta a organização.

Durante o acontecimento alguns representantes de grupos vulneráveis [povos indígenas, ribeirinhos e populações empobrecidas] falarão de suas reações e adaptações aos efeitos das mudanças climáticas.

A assessora da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e Paz, da CNBB, irmã Delci Franzen, diz que o interesse pelo evento está crescendo. “Percebemos nas pastorais da Igreja, nos movimentos populares, rurais e urbanos, nas universidades, que a atenção está cada vez maior à procura do Simpósio. Acredito que vai superar as expectativas, pois está sendo bastante divulgado”.

Irmã Delci ressalta que a iniciativa da CNBB é de extremo interesse por tratar-se de um tema urgente. “A temática é urgente e importante, pautada na sociedade, na Igreja; com certeza se espera que os participantes saiam mais fortalecidos e informados para enfrentar as políticas do governo a respeito dessa preocupação”.

Outro ponto que chama a atenção da sociedade para o Simpósio, diz irmã Delci, é a “participação de cientistas estrangeiros que vai proporcionar a ampliação do debate”.

Debatedores
Dentre os debatedores estão o pesquisador do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP, Tércio Ambrizzi; os membros da coordenação de Pesquisas em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpe) e integrantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Philip Fearnside e Carlos Nobre; o teólogo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC – RS), Luiz Carlos Susin; representantes de indígenas, pescadores, quilombolas, atingidos por barragens, populações afetadas pelas enchentes no Norte e Nordeste e pela seca na região sul. Os palestrantes alemães são Anika Schroeder e Katrin Vohland.

Coletiva de Imprensa
Na manhã do dia 8, abertura do Simpósio, haverá uma coletiva de imprensa às 10h30 da manhã, logo após a primeira mesa de debates, no local do evento.

Entidades Parceiras

Cáritas Brasileira, Comissão da Amazônia da CNBB, Comissão Água e Meio Ambiente [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Universidade Católica de Brasília, Conferência dos Religiosos do Brasil, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento], Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), FASE CAIS, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina.

CNBB lança título sobre mudanças climáticas em versão popular ilustrada

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Durante a 47ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que ocorreu entre os dias 22 de abril e 1º de maio, em Itaici, município de Indaiatuba (SP), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, lançou o livro “Mudanças Climáticas provocadas pelo aquecimento global – Profecia da Terra”.

A obra, de pouco de 70 páginas, dividida em três capítulos: O que anunciam as mudanças climáticas que já estão acontecendo; Desafios para a humanidade; e Motivações cristãs para ter coragem de mudar, agora ganhou uma versão popular para atingir o público estudantil e os movimentos sociais, como explica a assessora da Comissão, irmã Delci Franzen.

“A cartilha é uma versão popular do livro voltado para os movimentos sociais, as comunidades e para a classe estudantil. É por isso que ele ganhou uma cara nova, ilustrada; mas os textos continuam com o mesmo cunho cientifico, com reflexões teológicas e pistas de ação”.

Recheado de olhar crítico, Mudanças Climáticas, é literalmente uma profecia da terra, cujo foco está direcionado ao aumento de gases na atmosfera, mudanças climáticas, e com o questionamento: “Quem provoca esse aquecimento e as mudanças climáticas?

A obra traz ainda reflexões sobre Água, alimentos, além de fundamentos bíblico-teológicos a respeito do cuidado com a criação e de uma espiritualidade ecológica, com propostas de ação pastoral.

Os artigos e textos do livro são contribuições de várias obras e institutos que trabalham em favor da ecologia, como é o caso do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Instituto Humanitas Unisinos, Folha de São Paulo, o livro O Sonho da Terra, de Thomas Berry, entre outros.

Sobre o que vai ocorrer no futuro, a partir das consequências provocas pelas mudanças climáticas, o livro diz. “Tudo vai depender de como a humanidade, e de modo especial os países que mais emitem gases que provocam efeito estufa, se comportarem de agora em diante. Levarão, finalmente, a sério as advertências dos povos indígenas, dos ecologistas e das conclusões dos cientistas? Serão capazes de fazer as mudanças necessárias, indispensáveis para evitar o pior? Serão capazes de mudar com maior profundidade, passando a fazer penitência pelo malfeito à mãe terra e a retomar sua qualidade de cuidadores da vida na Terra?”.
A cartilha é composta de 32 páginas produzidas com folhas recicláveis.

Fúlvio Costa